Cedro Mineração

Vale do Sol vai ganhar obra reivindicada há décadas – jornalbelvedere.com.br

PUBLICADO QUARTA, 12 MAI 2021 12:52

Acordo entre Prefeitura de Nova Lima, Associação de Proprietários e Moradores do Vale do Sol (Aprevs) e da Extrativa Mineral/Cedro Mineração vai possibilitar a construção de um canal, o túnel-bala, que, terá a função de captar a água da chuva que cai no córrego e inunda as ruas do bairro.

A Administração Municipal continua com o diálogo com a comunidade nova-limense a fim de ouvir as necessidades e encontrar, juntas, soluções para o bem comum. Fruto disso é que, no último dia 3 de abril, o prefeito João Marcelo Dieguez recebeu em seu gabinete representantes da Associação de Proprietários e Moradores do Vale do Sol (Aprevs) e da Extrativa Mineral/Cedro Mineração, empresa que atua em projetos minerários na região Noroeste, quando foi assinado um acordo de cooperação para o início imediato de obras no córrego sob a Quinta Avenida, no Vale do Sol, para solucionar problemas de drenagem pluvial.

Revitalização da Rotatória

Agora, a Prefeitura de Nova, a Associação de Moradores e da Extrativa Mineral/Cedro Mineração assinaram um acordo para execução das obras reivindicadas pela comunidade. O trabalho da Associação de Moradores do Vale Sol já resultou na execução do projeto de revitalização da Praça da Rotatória, no final do ano passado, quando a entrada do bairro foi  contemplada com a construção com alguns elementos urbanísticos como pista de caminhada com pavimentação em pedra, jardins e paisagismo com forração em grama e plantas ornamentais, arborização com Embaúvas, instalação com raízes e toras de madeira sobre lastro de brita e pedra de minério, infraestrutura de irrigação e iluminação de efeito.

Para Haroldo Meirelles, o acordo e urbanização da rotatória foram grandes conquistas para a comunidade, mas ressalta que a reivindicação mais importante é a pavimentação de todas as ruas com o pavieco, material indicado em razão de não comprometer o lençol freático.

Túnel-bala

O acordo prevê a execução de obras com alocação de recurso no valor de R$ 1,1 milhão: a construção de um canal, popularmente conhecido como túnel-bala, com 30 metros de comprimento, 3,0 metros de largura e 2,80 metros de altura, terá a função de captar a água da chuva que cai no córrego; já  no cruzamento da Avenida Terra com a Quinta Avenida, principal via do bairro, serão colocadas aduelas de 3,0 metros de diâmetro para garantir o escoamento correto em uma passagem em nível sob a Quinta Avenida, com a função também de deixar água fluir livremente sem acumular nas ruas do bairro. A previsão de início dos trabalhos é de 20 dias.

Essas serão as primeiras de um conjunto de obras previstas e que farão a diferença na vida dos moradores já que, em época de chuva, o córrego, onde serão realizadas as intervenções, enche e transborda, causando inundações nas vias.

O que cabe a cada uma das partes

A Prefeitura elaborou os projetos executivos e as planilhas de custos e orçamentos e fará a fiscalização das obras. Já a Aprevs abriu mão do direito de receber parte da verba da Extrativa Mineral / Cedro Mineração e fará o acompanhamento das obras. A empresa, por sua vez, entra com a alocação de recursos que seriam destinados necessariamente a investimentos no Vale do Sol.

Impactos

Este projeto reivindicado pelos moradores do Vale do Sol foi divulgado pelo JORNAL BELVEDERE na edição do dia 25 de abril do ano passado, quando os representantes da Associação de Moradores do Vale do Sol expuseram os problemas.
Na época, a diretoria da Associação dos Moradores do Vale do Sol anunciou o avanço das negociações e a celebração da parceria com a empresa Cedro Extrativa. Com o avanço da extração de minério em todo o Estado, notadamente na região onde a empresa mantém suas plantas de operação, o fluxo de carretas de minério utilizando a via marginal da BR-040, conhecida por mão inglesa, aumentou significativamente. O movimento desses caminhões e a poeira deixada por eles levaram os moradores a exigir ações compensatórias para atenuar os problemas causados. O que era um impacto socioambiental acabou se tornando em um acordo de cooperação e emparceiramento para a realização de obras mitigatórias que compreendem construção de rotatória, instalação de sistema de segurança e pavimentação de vias.
O presidente da APREVS, Haroldo Meirelles, explicou na época ao JORNAL BELVEDERE que com o desastre em Brumadinho o Ministério Público recomendou a paralisação da esteira que transporta minério da Minas de Tamanduá para o Complexo Paraopeba, como medida preventiva por causa das barragens. E que desde então o tráfego de caminhões aumentou muito para compensar o processo de escoamento. O impacto no Vale do Sol foi significativo, pois o aumento da circulação de caminhões, a lama que escorria para a Quinta Avenida e alguns alojamentos que se formaram no local, o que poderia ocasionar uma sobrecarga na saúde, uma vez que o Vale do Sol não possui saneamento básico até hoje.

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